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sábado, 11 de abril de 2009

A saga de um menino...

Por: Vinícius Rodrigues
Olá amigos...
Estava revirando em minha memória um ano marcante em minhas idas escondidas ( ah se minha mãe lê isso), ao Maracanã para assistir aos jogos, e lembrei-me de um "causo"que faz alguns anos mas que foi bastante emocionante.
Meu irmão e eu estávamos na casa de minha avó querendo vencer a monotonia que nos rondava em um esplendoroso calor que fazia em São Gonçalo.Eu, o irmão mais novo com 13 anos na época , fui inspirado através de uma reportagem que eu havia acabado de ler no jornal do bairro.Não lembro exatamente o título da matéria muito menos o seu conteúdo, mas o fato de ter um garoto na capa que havia vencido o preconceito de ser pobre e ter ganhado o mundo com seu instrumento, foi o início da saga.
Disse ao meu irmão que estava com vontade de sair de casa pra fazer algo diferente e ele teve a idéia de irmos ao maracanã assistir Vasco e Botafogo.Bem, não era muito o que eu queria mas ele como irmão mais velho(só tinha 15 anos!!) pensei comigo:" Ele sabe o que faz", e partimos rumo ao Maracanã.
Ao chegar no estádio, fiquei impressionado com o numero de pessoas ao redor do maior do mundo, pois só tinha ido ao estádio de São Januário, e nunca tinha visto tamanha beleza e glamour, e agarrei-me imediatamente ao meu irmão com medo de me perder e nunca mais voltar pra casa, nem que fosse pra levar uma bronca da minha mãe se descobrisse a nossa fuga.
Minha mãe que sempre foi presente em nossa criação havia nos deixado na casa da minha avó para que pudéssemos passar o final de semana lá.
Mas compramos o ingresso para assistir o Vascão como dizia meu irmão e nos adentramos no estádio.O que vou relatar aqui vai ser testificado por todos que viram um clássico no "Maraca".
O grito das torcidas e os bandeirões sacudidos nos mastros de bambús davam o toque apimentado no clássico.Eu por um instante parei... e fiquei olhando e cheguei a conclusão que por mais feio e ruim que fosse o jogo, a torcida valeria o ingresso.
Foi quando somente o time do Vasco entrou em campo, o juíz colocara a bola no centro e apitou... fim de jogo! Mas peraí, como fim de jogo se o Botafogo não entrou em campo?
E ali fiquei sabendo que o Botafogo boicotaria o clássico e não enfrentaria o Vasco.
Saímos frustrados por um lado porém felizes pelo outro, afinal não vimos o jogo mas voltamos pra casa com 3 pontos na tabela e a tempo de não sermos descobertos pela nossa saga.
Coisas de criança...

sexta-feira, 10 de abril de 2009

No Limite!

Por Alex Viana

Por fora: um sorriso no rosto; por dentro: uma incógnita, uma interrogação, um mistério. É assim que Adriano Leite Ribeiro, conhecido como Imperador, apelido conquistado carinhosamente no Inter de Milão, tem se mostrado nos últimos dias. Capa de jornais nacionais e estrangeiros desta semana, o atacante anunciou que vai dar um tempo no futebol. Disse ainda que foi uma atitude pensada e planejada junto a família, empresário e pessoas próximas a ele. O real motivo é desconhecido.

Sonho de muitos, realidade de poucos
O jogador, hoje com 27 anos, foi descoberto nas divisões de base do Flamengo e, aos 18, entrou para o time profissional. Ainda no ano de 2000, o atacante foi convocado para a Seleção Brasileira.

Foi assim, as coisas aconteceram de repente na vida do menino que cresceu na Vila Cruzeiro, favela localizada na Zona Norte do Rio. E no ano de 2001, como confirmação de ser um jogador cobiçado pelos grandes clubes, foi para a Internazionale, clube italiano.


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Jogadores de futebol, de vez em quando, são protagonistas de situações desagradáveis, delicadas. A bola da vez, digo, o jogador da vez é o Adriano, que vem enfrentado problemas...

A palavra que eu mais li nos jornais desta semana, onde relacionavam com o nome do craque, foi “problema”.

...O que ocorre é que o sonho de se tornar uma estrela internacional do esporte mais adorado pelos brasileiros, o futebol, é um caminho de ida: o atleta segue adiante, ovacionado pelos fãs, e exaltado pela mídia quando faz uma campanha agradável. Porque a volta é questionada, vaiada. Nesse retorno não é aceitável que um astro simplesmente resolva parar de jogar por tempo indeterminado. O que importa é ver as pernas do astro fazerem o que devem dentro de campo; e nada mais. O jogador, nessa situação, se torna uma máquina de fazer gols, um exemplo para milhões de crianças que desejam seguir seus passos. E onde fica o ser humano, a pessoa responsável por fazer as redes balançarem?

Problemas. Afinal, quem não os tem? O que não pode ocorrer é uma destruição dos sonhos pelas adversidades que surgem na vida. Quando o sinal fica vermelho, para que avançar? Se o Imperador sente que o reinado em campo, e a vida consequente disso, tem sido exaustivos, sufocando-o, ao ponto de levá-lo a uma nostalgia dos tempos de criança, quando era possível ir a padaria comprar pão, sem que seu nome fosse mencionado em alguma nota do noticiário do dia seguinte; só tenho uma coisa a dizer: Quando se chega ao limite apenas você pode decidir sobre seu futuro.

E para você que acompanhou esta matéria: O que significa chegar ao limite? E o que fazer para isso não interferir na vida alheia? Abraços! E até a próxima!

Bela da Bola!





O resultado será divulgado no site http://www.beladabola.com.br/ no dia 20 de abril.

Os interessados deverão enviar e-mail com a resposta, nome e telefone para promocao@beladabola.com.br.


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Fica aí a dica. Participem da promoção e visite o Bela da Bola... as meninas batem um bolão!

quinta-feira, 9 de abril de 2009

IMPERADOR PARA POR TEMPO INDETERMINADO!

Adriano revelou nesta quinta-feira que está pendurando as chuteiras por tempo indeterminado. O motivo do atacante foi que ele estava infeliz na Itália, pois sentia saudade dos amigos da Vila Cruzeiro e de seus familiares, disse ainda que vai repensar sua carreira e anunciou que não está em depressão e não se envolve com traficantes.
Segundo o próprio atleta, ele conhece alguns traficantes, porque foi criado no local e fala com as pessoas independentemente da vida que esteja seguindo. Em um trecho de sua coletiva, Adriano relata essa historia de relacionamentos: - Se falar que nunca vi bandidos, é mentira. Só que uma coisa é saber quem é, outra é se relacionar. Se ver um deles vou apertar a mão e nada mais - afirmou o atleta.
Para o jogador, ele se sente bem perto da família e dos amigos, avisou que não vai deixar de ir na Vila Cruzeiro, e também falou que essa “parada” foi calculada: conversou com a família, empresário e todos ligados a ele: “Conversei com minha família, meus amigos e meu empresário. Estou fazendo isso pensando na minha felicidade. Não tenho nada contra o Inter, só não gostava de viver na Itália. Eu me sentia pressionado e suportei uma pressão grande desde os 18 anos de idade. Muita gente não vai entender, é uma situação ruim, chata, não é fácil. Mas é uma opção de vida.”, declarou o craque.

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Agora eu falo para vocês que acessam o blog, tantos garotos da mesma comunidade dele ou até de outras querendo despontar para o futebol e o imperador ( apelido dado na Itália) descarta uma chance dessa, por mais que ele esteja insatisfeito, triste, ele tem contrato e tem que cumprir com suas obrigações. Parando de falar na parte contratual, falando agora de fãs deles que estão desiludidos com essa atitude, eu mesmo estou, sou fã do seu futebol, acho uns dos melhores atacantes do mundo, porém acho que ele fez errado em parar, jogando um sonho de milhões de crianças e torcedores para o espaço!


Por Guilherme Pinto

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Prioridade para os estaduais ou pura rivalidade?

Por Ruy Machado Junior

A cada momento o futebol perde seu brilho, os clubes participam do campeonato, vou falar apenas do brasileiro neste momento, cada um com seu objetivo. Uns lutam para não voltar ou cair para a série B, outros apenas para continuar na divisão principal e se possível beliscar uma sul-americana. A minoria deles luta pelo título ou por vagas na Libertadores da América, a competição mais importante do nosso continente.

Acontece que ao iniciar o ano, começam os campeonatos estaduais e as rivalidades regionais são prioridades para os dirigentes dos clubes. Somente esta semana, dois casos me fizeram refletir sobre isso.

O primeiro aconteceu no domingo, após a eliminação do Grêmio no campeonato gaúcho para seu maior rival, o Internacional, a diretoria do clube demitiu o Técnico Celso Roth. Segundo o técnico, a diretoria não aceitou jogar o Gre-Nal com um time misto e ordenou que o comandante colocasse em campo o time titular. "A emoção falou mais alto na hora de colocar no clássico os jogadores que vêm disputando a Libertadores", disse o técnico.


Hoje, quando comecei a ler o noticiário esportivo, me coloco à frente de várias notas, notícias ou matérias sobre a escalação do Flamengo para o jogo diante da equipe do Remo, onde o Técnico Cuca escalará a equipe reserva e preservará os titulares para a semifinal do campeonato carioca contra o Fluminense. O jogo contra a equipe paraense é válido pela Copa do Brasil que classifica o vencedor para a Libertadores da América, já a partida de domingo poderá classificar o Rubro–Negro para a final da Taça Rio.

É lógico que o técnico Cuca não está menosprezando a equipe do Remo, mas sim a Copa do Brasil, onde posso garantir que o adversário do Flamengo entrará em campo para um jogo de “final”.

Caros leitores vou ficando por aqui, e se alguém souber o que acontece na cabeça dos dirigentes ou de alguns técnicos, por favor, deixem seu comentário. Abraços.

Botafogo na Copa de 2014

O Botafogo já trabalha para fazer do Estádio João Havelange o centro de treinamentos de uma seleção de ponta durante a Copa do Mundo de 2014.
O assunto foi um dos temas do almoço desta terça-feira entre os principais dirigentes do clube e o deputado federal Afonso Hamm, que preside a Comissão de Turismo e Desporto da Câmara.
Tomara o poder público enxergar rapidamente a necessidade de um amplo projeto urbanístico para as áreas adjacentes ao estádio, fomentando o transporte e o comércio, carências que afetam o Engenhão.
Afinal, se queremos mesmo ser sede de uma Olimpíada (somos um potencial candidato aos Jogos de 2016!), quanto mais cedo pensarmos em saídas para o uso do estádio, mais capacitados estaremos.


Fonte: Futebol, Coisa e Tal - por GIlmar Ferreira


terça-feira, 7 de abril de 2009

Nelson Rodrigues

Pretendo, a partir de hoje, publicar aqui algumas das mais bonitas e bem escritas crônicas de Nelson Rodrigues. São textos publicados entre 1955 e 1959 na "Manchete Esportiva", período este que compreende um dos principais periodos de transformação do futebol brasileiro; quando o esporte passou a mobilizar multidões cada vez maiores e despontou como modalidade nacional.
Tricolor assumido, Nelson parecia conseguir enxergar como ninguem a alma de cada torcedor, qualquer que fosse o time. Com muita sensiblidade e palavras bem escolhidas ele definiu com muito humor e alguma polêmica o perfil dos grandes times do rio e suas torcidas.


Hoje posto: "O tapa celestial".


Teoricamente, eu acho o seguinte: - não pode haver nada mais importante do que uma bofetada. Digo mais: - o ato de dar ou apanhar na cara é a grande, a inexcedível, a portentosa experiência terrena. Acresce que a bofetada tem um som específico que lhe valoriza a hediondez. E vamos e vanhamos: - devia se invetar uma bofetada muda. Felizmente, sempre que alguém dá ou apanha na cara as testemunhas são escassas e aceidentais: - uma meia dúzia de transeuntes, que não conhece nem a vítima, nem o agressor. Se fosse possível apanhar num sigilo de alcova, não haveria humilhação ou, pelo menos, a humilhação seria muito mais benigna. Mas o futebol não comporta nenhuma polidez, nenhuma cerimônia, nenhuma discrição. Tudo o que acontece num jogo, de bom ou de mau, tem uma assistência monstruosa. Imaginem um jogador a quem quebram a cara na presença de duzentas mil pessoas. Digo jogador e posso ampliar a lista: - o juiz, os banderinhas, os gandulas. Duzentas mil pessoas significam uma multidão astronômica. Basta dizer o seguinte: oitecentos gatos pingados fizeram a Revolução Francesa. Que não fariam duzentas mil pessoas desencadeadas? Mas uma tal massa não precisaria agir. Mesmo imóvel, mesmo calada, mesmo passiva, mesmo como simples testemunha de qualquer coisa - é apavorante. Um sujeito que lambe chicabon diante de tamanha platéia há de tremer nos seus alicerces. Sim, duzentas mil pessoas representam quatrocentos mil olhos! Ora, quatrocentos mil olhos devastam, dizimam, desnudam e humilham qualquer um. Imaginal o que não sentiu o juiz do match Brasil x Uruguai, ontem, no Maracanã. Foi caçado a tapas, a pontapés pelos orientais.* Já a agressão em si mesma, a correria e o susto traduzem umas dessas experiências terrenas que marcam para sempre. Mas vejamos as agravantes do episódio: - estavam lá, com uma inapelável eficiência, o rádio, a televisão, o jornal e o cinema. Trata-se, pois, de uma humilhação impressa, irradiada, televisionada, filmada. Pode-se desejar uma provação mais horrenda? Não, não é possível. Somemos as pessoas presentes com os ouvintes, os telespectadores, os leitores. E chegaremos à conclusão de que o escândalo teve, em verdade, uma audiência única. Nunca um bofetão foi tão visto, lido e ouvido como o de ontem. Teria errado o árbitro? Creio que sim. O foul foi, realmente, de uma nitidez indiscutível, sem, todavia, justificar a expulsão. Mas se os erros de um juiz merecerem, de suas vítimas, esse tipo de reação, acabou-se o futebol. Ou por outra: - o futebol vai virar galinheiro, mafuá, gafieira. Outra reflexão que o episódio de ontem comporta: - nós somos uns anjos, uns bucólicos, uns idílicos. Em Buenos Aires, perdemos, no apito, um Sul-Americano que, tecnicamente, era nosso. E longe de espancar o árbitro, os nossos jogadores, locutores e jornalistas se deram ao luxo de apanhar de sabre. Vejam vocês: - de sabre! O chico saiu de maca e quase de rabecão. Em Montevidéu, porque o Vasco teve o descaro de vencer o Peñarol, os locutores brasileiros foram apedrejados como adúlteras bíblicas. Aqui Obdulio dizimar, devastar, ceifar a pescoções um juiz brasileiro. Eu, então, numa melancolia digna de Casimiro de Abreu, digo a um companheiro: - "Foi por isso que eles ganharam a Copa de 50!"


Publicada em 30/6/1956



* Jogo da Taça do Atlântico entre Brasil e Uruguai (24/6/1956). Na vitória da seleção brasileira por 2 x 0, no Maracanã, os gols foram marcados por Zizinho (bangu) e Canário (América/RJ). O árbitro agredido foi Frederico Lopes.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

A FAVORITA!

Segundo uma fonte que trabalha no Departamento de Marketing da Oi, a empresa de telefonia já estaria dando como certo a concretização do acordo, onde pagaria 18 milhões por ano para estampar sua marca na camisa do clube de maior torcida do país.
Internamente já circulam peças publicitárias com marca do Flamengo e slogans já estariam sendo criados.
Oficialmente, a posição do Clube é de cautela e, em entrevista ao Jornal LANCE!, a diretoria diz que quetro empresas ainda disputam a concorrência. Seriam elas a Oi, Semp Toshiba, Suvinil e Nestlé.
Rafael Garça
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