Você consegue imaginar um jogador de seleção brasileira, campeão mundial e conhecido internacionalmente sem um empresário? Assim era nos tempos de Gérson, o canhotinha de ouro.
Eu estive no Caio Martins* e bati um papo com ele sobre a ação dos empresários no futebol. O "canhota", como é chamado, se mostrou a favor do bom empresário e criticou aqueles que ele chama "de aproveitadores de plantão".
Confira a entrevista!
Você teve empresário quando era jogador?
Na minha época de jogador não existia essa figura do empresário de futebol, quando muito tinhamos um procurador, que no meu caso era o meu sogro. Era apenas uma pessoa pra cuidar da papelada e da burocracia. Era muito mais um amigo do que um profissional.
Você é a favor ou contra o empresário de futebol?
Eu sou a favor do bom empresário. Aquele que ajuda o garoto que está começando, e dá uma estrutura para o menino poder apenas pensar em jogar futebol. Mas infelizmente o que vemos por aí são centenas de aproveitadores de plantão que só pensam em comprar e vender e, quase nunca, se preocupam com a carreira do atleta. O empresário pega um menino e leva pra Rússia, ele não quer saber se o garoto está bem ou se tá precisando de alguma coisa.
Na sua opinião, hoje, é possível um garoto ingressar em um grande clube atavés de uma peneira, chegar ao profissional e à seleção brasileira sem ter um empresário?
Impossível! É impossivel que isto aconteça sem que o menino tenha um empresário. Ele nem entra no clube, ou se entra lá mesmo já será cercado por alguns deles.
Você acha que a Lei Pelé é a grande responsável pelo surgimento deste tipo de empresário?
Com certeza! A Lei Pelé fez com que o jogador deixasse de pertencer ao clube para que pertencesse a ele mesmo, mas na prática o "dono" do jogador é o empresário. Estão sendo discutidos meios de aperfeiçoar a lei e espero que isto aconteça o mais rápido possivel.
*Gerson é administrador do Caio Martins.
terça-feira, 3 de julho de 2007
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