
Eu estava falando sobre o encrenqueiro que, aliás, insisto; ele dá vida ao futebol.
Hoje vou falar sobre o torcedor: uma das maiores potências do futebol brasileiro!
Parece um pobre-diabo, indefeso e desarmado. Ilusão! Na verdade, a torcida pode salvar ou liquidar um time. É o craque que lida com a bola. Mas acreditem: o torcedor está por trás.
O torcedor não é um desarmado, ele possui uma arma irresistível: o palpite errado.
Empunhando o palpite, ele dá pitacos medonhos.
Nada mais gostoso (de se ver) do que a certeza de uma vitória transformar-se num choro desvairado. Nada mais humano... nada mais real!
Eis a verdade: tratam do craque, tratam da equipe e esquecem do torcedor.
O torcedor xinga a si mesmo diante de um insucesso do time: _ Eu sou uma besta! Eu sou um cavalo! Como posso me torturar por isso?
Eu, particularmente, gosto dos fanáticos. Vez por outra me pego parado, embasbacado, quando esqueço o jogo e fico admirando (ou recriminando, adorando, sei lá) as reações dos colegas de pavilhão.
Depois eu continuo...