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quarta-feira, 3 de outubro de 2007

VASCO DA GAMA

SUA IMENSA TORCIDA É TÃO FELIZ...
(Aureo Ameno - ameno@globo.com)


Escrevo essas mal traçadas linhas para falar das linhas mal traçadas do Vasco. A defesa por exemplo. Linha fraca. Sem zagueiros à altura da tradição do Vasco. Quem viu recentemente (para ficar só no recentemente) Mauro Galvão, Alexandre Torres ou até mesmo Odvan – dá saudade dele, quem diria. Ainda na linha da defesa o nosso goleiro não é o goleiro que o Vasco sempre teve. Academia de goleiros. Barbosa, Andrada, Mazaroppi, Acácio. O último da elite foi o Helton. Como armava um contra-ataque! Goleiro lançador. Fábio, que andou entregando o ouro no Cruzeiro, no Vasco foi bom. E agora a linha de meio campo. Poderia ser o ponto alto do time. Andrade não diz o que veio fazer na volta. Conca é bom. Perdigão, valente e experiente. Morais, não joga. Amaral, ai meu Deus....Roberto Lopes, ai( três vezes), meu Deus. Nada que lembre Juninho Pernambucano, Felipe, Pedrinho. Linha de ataque, Leandro Amaral. E só. Saudade do Romário mais novo, Edmundo, Dinamite, Euller e quiçá Donizete. Mas essas mal traçadas linhas estão falando das linhas mal traçadas do Vasco. E se são do Vasco, eu respeito. Eu torço. Eu considero os melhores do mundo. Que Messi, que nada. Ronaldinho Gaúcho é bom la pras negas dele. Prefiro o Conca (fazer o que?). Meu consolo é a imensa torcida bem feliz...como ela enche o caldeirão! Como ela esquenta o caldeirão! Com uma torcida dessa me empurrando até eu entro em campo e corro. Não sei se jogo. Mas corro. Corro como um vascaíno desvairado. É dessa torcida que quero falar Para mim, tudo começou com o Ramalho. Já ouviram falar nele? Só mesmo os mais antigos. Ainda está vivo no esplendor dos oitenta e tantos anos Ramalho foi o símbolo. Naquela época, e eu era ainda moleque lá no interior de Minas, o Caldeirão já enchia como hoje. Mas só começava a berrar quando ouvia um toque de corneta. Corneta feita de talo de mamona. Toque que cortava o espaço, atravessava o histórico estádio, rugia no atual bairro Vasco da Gama. Era a chegada do Ramalho. No que tocava seu talo de mamona o caldeirão começava a ferver. Começava a berrar. Um urro sói...VASCO! VASCO! E não parava mais de gritar. Eram os tempos maravilhosos do Expresso da Vitória. A cada gol do Ademir, a cada balaço do Lelé, a cada cabeçada do Isaias, o talo de mamona se fazia ecoar. Em meio à gritaria desvairada e infernal. De vascaínos infernais. De vascaínos desvairados. Como eu. Como você. Que ainda hoje urram no caldeirão. Na próxima crônica vou continuar falando dessa torcida bem feliz. Norte-Sul, Norte-Sul deste país. Por hoje continuo ouvindo a corneta estridente, escandalosa, melodiosa e, ao mesmo tempo, a mais afinada do mundo. Que sabia berrar VASCO em notas de talo de mamona. Já, naquela época, o Vasco tinha o seu bio-instrumento de sopro..o primeiro da história dos instrumentos!

Bola de Cristal

O campeonato brasileiro está se encaminhando para o seu final; é tempo de previsões.

O Blog do Garça entrou na onda dos videntes e vai arriscar alguns palpites para a rodada.




Palmeiras 2 x 0 Náutico
Sport 2 x 1 Goiás
Grêmio 3 x 0 Atlético-MG
Vasco 2 x 0 Juventude
Atlético-PR 1 x 1 Botafogo
Cruzeiro 1 x 2 Santos
Fluminense 2 x 0 Corinthians
América-RN 0 x 0 Paraná
Figueirense 1 x 0 Internacional
Flamengo 2 x 1 São Paulo

Agora só resta esperar...

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Desandou!

Tragédia anunciada: desandou a massa no Botafogo.


Faz tempo que eu venho falando que o Botafogo não tem panca pra aguentar o ritmo do campeonato brasileiro. No primeiro turno eu dizia que o Botafogo, que brigava pelo título, não se classificaria nem pra Libertadores e que a Sulamericana estaria de bom tamanho, me chamaram de maluco e fanático.
No início do ano quando todos exaltavam o, magrinho, Júlio Cesar eu dizia: _Pera lá, esse cara é fraco! - Eu pensava, como é possível exaltarem tanto um goleiro que toma pelo menos três gols por jogo?? Resultado: marginalizaram o garoto, efetivaram Max, trouxeram Marcos Leandro e, desta vez, Roger... o eterno reserva (porém melhor que todos os outros juntos). Sem contar que Júlio Cesar entrou na vaga que era do Lopes, que também foi marginalizado e, praticamente, expulso do clube após ser considerado um dos melhores goleiros do país, e ter sido sondado pelo Corinthians.
Minhas previsões se confirmaram, e eu nem precisei adulterar provas como o vidente do "Fantástico". Estava tudo às claras, só não exergava quem não queria. Cuca fez omelete sem ovos no Glorioso...foi longe demais. Quem é Luciano Almeida? E Diguinho? Renato Silva? Hum... Não dava, né?
De qualquer maneira, o Botafogo teve uma temporada fantástica, resgatou o respeito que os adversários sempre tiveram pelo clube, trouxe de volta a alegria da torcida, encheu estádios, lançou musiquinhas e foi, por um momento, o time da moda.



A carruagem virou abóbora e, creio eu, que caso Cuca tenha deixado pra trás um pé de seu sapatinho de cristal, com certeza não cabe no pé do Mário Sérgio.
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