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sexta-feira, 10 de abril de 2009

No Limite!

Por Alex Viana

Por fora: um sorriso no rosto; por dentro: uma incógnita, uma interrogação, um mistério. É assim que Adriano Leite Ribeiro, conhecido como Imperador, apelido conquistado carinhosamente no Inter de Milão, tem se mostrado nos últimos dias. Capa de jornais nacionais e estrangeiros desta semana, o atacante anunciou que vai dar um tempo no futebol. Disse ainda que foi uma atitude pensada e planejada junto a família, empresário e pessoas próximas a ele. O real motivo é desconhecido.

Sonho de muitos, realidade de poucos
O jogador, hoje com 27 anos, foi descoberto nas divisões de base do Flamengo e, aos 18, entrou para o time profissional. Ainda no ano de 2000, o atacante foi convocado para a Seleção Brasileira.

Foi assim, as coisas aconteceram de repente na vida do menino que cresceu na Vila Cruzeiro, favela localizada na Zona Norte do Rio. E no ano de 2001, como confirmação de ser um jogador cobiçado pelos grandes clubes, foi para a Internazionale, clube italiano.


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Jogadores de futebol, de vez em quando, são protagonistas de situações desagradáveis, delicadas. A bola da vez, digo, o jogador da vez é o Adriano, que vem enfrentado problemas...

A palavra que eu mais li nos jornais desta semana, onde relacionavam com o nome do craque, foi “problema”.

...O que ocorre é que o sonho de se tornar uma estrela internacional do esporte mais adorado pelos brasileiros, o futebol, é um caminho de ida: o atleta segue adiante, ovacionado pelos fãs, e exaltado pela mídia quando faz uma campanha agradável. Porque a volta é questionada, vaiada. Nesse retorno não é aceitável que um astro simplesmente resolva parar de jogar por tempo indeterminado. O que importa é ver as pernas do astro fazerem o que devem dentro de campo; e nada mais. O jogador, nessa situação, se torna uma máquina de fazer gols, um exemplo para milhões de crianças que desejam seguir seus passos. E onde fica o ser humano, a pessoa responsável por fazer as redes balançarem?

Problemas. Afinal, quem não os tem? O que não pode ocorrer é uma destruição dos sonhos pelas adversidades que surgem na vida. Quando o sinal fica vermelho, para que avançar? Se o Imperador sente que o reinado em campo, e a vida consequente disso, tem sido exaustivos, sufocando-o, ao ponto de levá-lo a uma nostalgia dos tempos de criança, quando era possível ir a padaria comprar pão, sem que seu nome fosse mencionado em alguma nota do noticiário do dia seguinte; só tenho uma coisa a dizer: Quando se chega ao limite apenas você pode decidir sobre seu futuro.

E para você que acompanhou esta matéria: O que significa chegar ao limite? E o que fazer para isso não interferir na vida alheia? Abraços! E até a próxima!

3 comentários:

Luciano Freitas disse...

Eu tô meio por fora do caso do Adriano. Talvez por achar que cada um é dono de sua vida e de suas decisões... Acho que, seja lá o porquê disso tudo, não cabe a nós nem à imprensa julgar e MUITO MENOS nos preocupar com isso...rs.

Ouvi por alto, na TV, dizerem até que "ele não deveria fazer isso, porque é um exemplo para muitos jovens"... acho que precisamos rever nossos conceitos... Um país que tem jogadores de futebol como exemplos é muito triste..rs

Muito bom o blog, viu! Apesar de eu não curtir muito futebol, preciso dizer que o blog tá muito bem cuidado e bem feito! Parabéns!

arnaldo disse...

olá ALEX; parabéns pela materia.abs...

Fernando disse...

Acho que o cara faz o que quiser da vida... vai ter dinheiro até a 5º geração dele, eu que nao posso ter o luxo de lagar meu trabalho se não meus futuros filhos irão passar fome...

Também acho que ele não joga mais aquele futebol que jogava e tem medo de terminar num time como o flamengo ou algo assim...

Fernando Neros Nu

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