Os "bad boys" do futebol deram lugar aos "embaixadores da ONU". Jogadores polêmicos que dominavam os campeonatos e as manchetes saem de cena e os novos ídolos ganham até título das Nações Unidas para seu bom-mocismo.
As décadas de 80 e 90, principalmente, foram maracadas por jogadores irreverentes, polêmicos e bons de bola. Paulo César Caju, Serginho Chulapa, Mario Sérgio, Maradona, Romário, Edmundo e Djalminha são apenas alguns craques da bola, famosos também pela jeitão "bad boy".E como faz falta esse jeito de ser no futebol. Apesar da fama de encrenqueiros eles faziam a alegria da galera, apimentavam as decisões, lotavam as manchetes esportivas e jogavam demais.Hoje em dia deram lugar aos não menos talentosos, porém bonzinhos demais, Ronaldo, Kaká, Bechkam, Ronaldinho e cia. que podem até não conseguir esquentar o clima de uma decisão ou entrar numa briga em boate, mas ajudam a vender desde cerveja até shampoo e cueca.
Eu, particularmente prefiro o estilo "bad boy" que faz e acontece fora de campo, mas lá dentro resolve e chama a responsabilidade pra si. Eles dão vida ao futebol e alegram o noticiãrio esportivo. Fogem da concentração, não gostam de treinar, estão sempre cercados de belas mulheres e ficam loucos quando não são a estrela da companhia. Já os bom moços estão sempre ocupadíssimos com suas campanhas de marketing e quando são convocados para a seleção brasileira alegam cansaço (não é, Kaká?). Mas é lógico que estão cansados. Participam de trezentos eventos beneficentes por mês, gravam quatrocentos comerciais por semana, tem duzentos compromissos extra campo e nos finais de semana ainda tem que "bater uma bolinha" pelos clubes onde tem contrato. Desgastante mesmo, né?Acho uma pena o fim dos "bad boys" no futebol, cada time deveria ter um desses, aí sim o futebol voltaria a ter um toque de malandragem, ou por que não de humanidade? Pessoas com as quais o povo se identifique e não apenas bonecos que jogam bola e fazem propaganda, bonecos sem sentimentos, quando ganham dizem que está bom, quando perdem dizem apenas: "temos que tarbalhar durante a semana pra corrigir os erros com o professor." Ah! Que coisa clichê!Quem não se lembra do Romário no Vasco perguntando à defesa: _" Quantos gols vocês vão tomar hoje? Fala logo que eu fico sabendo quantos tenho que fazer aqui na frente." Ou do soco que ele deu no rosto do companheiro Andrei após um gol no Fluminense? É claro que não tá certo dar um soco em alguém, mas é a reação de um ser humano que tem sentimentos e tem gana de vencer. Eu tô fora destes craques fabricados em série com exagerada dose de bondade que andam por aí.
E vocês? Embaixadores da ONU ou Bad Boys?Aproveitem e lembrem alguma história interessante de um desses polêmicos boleiros.
2 comentários:
Concordo plenamente. Nao ta com nada estes santinhos que andam por ai.
Gostei muito quando Romário disse que Pelé calado é um poeta.
ALias Romario é o rei das polemicas.
Na minha opinião, essa época já passou. Futebol se vence dentro de campo, sem polêmicas e sem bla bla bla. Os jogadores sao figuras publicas e tem que promover o bem.
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