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segunda-feira, 22 de outubro de 2007

AS QUATRO PAIXÕES - C.R. FLAMENGO

O QUE MUDOU TANTO NO FLAMENGO

A capacidade que a torcida do Flamengo tem para empurrar o time, em qualquer circunstância, é inigualável. Não é a toa que todo turista estrangeiro que assiste aos jogos do rubro-negro no Maraca, sai daqui com o coração vermelho e preto. A festa que a torcida promove nas arquibancadas é uma coisa ímpar, no mundo. A impressão que se tem é que o time está sempre nas primeiras colocações das competições que disputa tal o entusiasmo que a torcida se comporta.
Exemplo maior aconteceu neste campeonato brasileiro de 2007, quando o Flamengo, perigando ficar na zona de rebaixamento, mal das pernas, jogou no Maracanã contra o Sport Recife, num jogo de uma só torcida e quebrou, na ocasião, o recorde de público da competição. Esta vibração, com certeza, é sentida pelos jogadores dentro de campo, quando tem seus nomes cantados, suas jogadas aplaudidas, botando, como se diria antigamente, o coração na ponta das chuteiras.
O time do Flamengo, nestas últimas rodadas, cresceu graças a algumas contratações que se encaixaram perfeitamente, tanto tecnicamente e taticamente quanto no espírito rubro-negro. Três jogadores, para mim, foram fundamentais nesta mudança de atitude e posição atual. Ibson, Fabio Luciano e Cristian. O primeiro juntamente com o terceiro, deram o equilíbrio necessário a equipe, que nunca teve quando dominada pela “República de Ipatinga”, que tirou da Gávea bom número de valores oriundos das divisões de base, em detrimento de algumas personagens que chegavam a ser hilárias no nome, como Walter Minhoca. Minhoca é da terra, portanto é bom lá em Ipatinga. Só para lembrar, a culpa não é daqueles jogadores e sim de quem os contratou. No caso, mais uma minhoca da terra, o treinador Ney Franco, que bancou todos os nomes.
Voltando a Ibson e Cristian, são jogadores, tecnicamente, bons, que sabem defender e atacar com a mesma eficiência. Diferentemente de alguns “Paulinhos” que raspam o calção no chão o tempo todo, jogando mais sentados do que em pé. Quando têm que passar a bola, passam errado. Com isso o rubro-negro carioca consegue ficar mais tempo com a posse de bola, dando menos oportunidades de o adversário chegar a condições de ameaçar sua meta.
Fábio Luciano não é um grande zagueiro, mas tem bom senso de colocação e voz de comando que faltava a defesa do Flamengo. Dá muito bico para cima? Dá. Mas quando a gente não sabe muito e não tem lá estes recursos, melhor jogar a “bola pro mato”. É o que o Fábio faz.
O resto da galera acabou subindo de produção com estes que chegaram. Leonardo Moura é, disparado, o melhor lateral direito do Brasil, já vinha sendo o grande nome do time. Pelo outro lado, Juan também é eficiente. Angelin, que particularmente não gosto, deu uma melhorada com a companhia de Fábio Luciano. A defesa se arrumou.
No meio campo, o garoto Rômulo, que se machucou no Fla-Flu, cumpria a função burocrática de ser o primeiro volante de contenção. Não é melhor, nem pior, dos que existem por aí. Mesmo defeito. Desarma bem, mas não sabe sair jogando. Renato Augusto, que seria o que viria a compor este quarteto, com Ibson, Cristian e Rômulo, caiu de produção e, ainda não encontrou seu melhor futebol. Não é nenhum craque, mas está acima da média. Toró continua esperando cair a chuva que lhe deu o apelido. Melhorou? Sim. Era peça nula.
Na frente, taticamente a entrada do primo do Messi, Maxi Biancucchi, taticamente, deu movimentação as ações ofensivas do time. Prende muito a bola, mas corre muito e atua numa faixa de campo que não era ocupada, há muito tempo pelo time rubro-negro. Finalmente, Souza, que nas últimas partidas do Mengão entrou em forma e está cumprindo direitinho sua missão de artilheiro, prender a bola no ataque e até voltar para marcar na própria área.
Méritos maiores para Joel Santana, que pegou o time numa situação crítica e soube fazer a leitura certa para tirá-lo do sufoco.
O banco rubro-negro hoje é um dos melhores do campeonato. Diego (já foi titular), Thiago Sales (bom zagueiro vindo da base), Egídio (outro que entra e corresponde), Roger (é craque, mas ainda não quis jogar no Flamengo), Obina (o xodó da torcida que quando entra a galera vai ao delírio) e ainda tem Rodrigo Arroz e o Luizinho, que não são nomes tão animadores.
Por isto tudo o Flamengo cresceu dentro da competição e hoje já disputa as dez melhores colocações. Quem diria ontem na zona de rebaixamento e agora peruando as primeiras colocações.

Um comentário:

Arnaldo disse...

alô PARIZZI;acho que FÁBIO LUCIANO se ficar no mengão vai ser um futuro RONDINELLI.a torcida não exige craque,mas sim raça.o momento do time é bom mesmo com limitações.abração, ARNALDO BONNARD.

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